Ontem, depois de comer quase a paparoca toda, o rambinho andava encantado com as chaves de casa. Ia para a porta, dava gargalhadas, voltava para a sala e repetia o percurso, sem se cansar.
A brincadeira passou a birra quando decidi contrariar a criatura e dizer-lhe que "brincar tudo bem, mas não põem as chaves na boca!".
À sua boa maneira reguila, o Rambinho instalou no canto da boca um sorriso malandro, enquanto encaminhava, em câmara lenta, todo um chaveiro para dentro da cavidade bucal.
Percebi a provocação. "Vá, dá à mãe. Olha aqui o teu carrinho!". Não deu resultado.
Como ele insistia em trincar as chaves, ignorando propositadamente o meu pedido, foi preciso intervir e esconder o objecto.
Enfureceu-se!
Começou a andar, a barafustar e a esbracejar, dirigindo-se a toda a velocidade para o braço do sofá, onde acabou por embater... de propósito... mas porquê bebé??
Não consigo entender estes ataques de fúria que acabam com cabeçadas voluntárias em paredes, portas e todo o tipo de superfícies duras.
É verdade que o Rambinho, às vezes, descarrega a sua birra nas almofadas do sofá, afirmando uma posição, mas sem galos na testa.
Porém, a pergunta que se impõem é: "Onde raio aprendeste tu a fazer isto?"
A segunda pergunta que se impõem é: "Qual a melhor maneira de contrariar isto?"
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Como é obvio foi com o pai! :)
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