terça-feira, 23 de maio de 2017

O "terror attack" em Manchester

Hoje o meu filho chegou a casa a dizer que na escola estavam a falar sobre um "terror attack" em Manchester. Perguntei-lhe o que ele sabia, o que lhe tinham dito. Respondeu que não sabia se tinha sido no estádio do Manchester, ou no "arena". E que se fosse no Manchester o clube ia ter problemas em continuar a jogar... 

Disse-lhe que tinha sido no Manchester Arena e se ele sabia o que as pessoas lá estavam a fazer: 

- Não. 

- Estavam num concerto, de uma cantora chamada Ariana Grande. 

- E o que lhe aconteceu? 

À cantora nada. Mas algumas pessoas ficaram feridas e tiveram de ir para o hospital. 

Também já houve o ataque em Westminster...

- Foi uma pessoa má. Uma coisa muito triste. Mas ouve muita gente boa a ajudar e a maioria das pessoas conseguiu voltar para casa.  

Ficámos um bocadinho em silencio enquanto ele vestia o pijama e depois a conversa continuou noutra direcção. Voltei ao assunto só para lhe dizer que sempre que quisesse e tivesse alguma pergunta podia falar comigo. Que eu lhe explicava o que ele quisesse saber. 

Não senti preocupação nem medo nesta conversa. Acho que ainda não percebe (e ainda bem) a dimensão de tudo isto. 

Este ano houve o primeiro despertar para as "músicas conhecidas" mas não sei quando vamos começar a ir a concertos. Lembro-me daqueles a que fui com o meu pai, quando ainda não tinha idade para ir sozinha. De como o convencemos a ir para o relvado ver os  Bon Jovi.

Nunca me passou pela cabeça que algo de mal nos pudesse acontecer. Não sei se os meus filhos vão ter a mesma sorte.