(escrito a 6 de Setembro de 2010)
Acabei de deitar o Rambinho. A excitação hoje era maior que o habitual. Deixei-o na cama a primeira vez cerca das 21h30 mas tive de lá voltar uns minutos a seguir.
Achei que, depois de se ter portado tão bem no primeiro dia de escola, não era justo negar-lhe um miminho extra.
“Mãe! Mãe! lélé” (mãe leitinho). “Não filho, acabaste de jantar”.
“Mãe?”, diz filho, “qué có”(quero colo). Percebi o pedido pelos braços estendidos na minha direcção... pois foi a primeira vez que o disse.
Contra todas as (supostas) regras acedi no mesmo segundo. Caramba! Hoje não é um dia qualquer.
Ele só queria miminho e aquela brincadeira especial com a mãe. Aquela que ele adora, cheia de abraços, beijos, cóceguinhas, dentadinhas, turrinhas e outros segredos só nossos.
Depois desta pequena rebeldia na hora de deitar, encostou a cabecinha no meu ombro e, com um abraço, perguntou: “Mãe? A titi? ... mãe! Vovô?... mãe! Tio?”
A angústia que consegui engolir de manhã subiu pela minha garganta acima. Dei-me por vencida....
Aconcheguei o meu bebé num abraço apertado e respondi: “a titi, o vovô e o tio mandaram-te um grande beijinho e agora estão a fazer óó”.
Não há dia que passe que o rambinho não pergunte pelos avós, pelos tios e pelos primos. Fazem-nos sempre muita falta, mas hoje, quando o rambinho pôs o pé fora do ninho, tive vontade de poder voltar para o meu.
Deixaste-me de lagriminha no canto do olho......adoro a maneira como escreves!
ResponderEliminarBeijinhos,
Rute