Hoje, quando estava no carro a levar o pequeno à escola, a espera num sinal vermelho desviou-me o olhar para um homem que atravessava a estrada. Tinha um fato de treino desengonçado, dobrado nos tornozelos, e estava descalço.
De olhar perdido, a cabeça baloiçava de um lado para o outro, às vezes em direcção ao céu, as vezes em direcção nenhuma.
A sola dos seus sapatos era a planta dos pés sujos de quem já havia calcorreado muitas ruas da cidade. Mas a velocidade a que andava não indicava qualquer desconforto com as pedrinhas soltas do alcatrão ou as irregularidades do passeio.
Não estava a pedir, estava a andar, a andar depressa. Passou pela multidão como se ela não existisse, e perdi-lhe o rasto quando dobrou a esquina.
A seguir pensei em muita coisa. Primeiro, na sorte que tenho em nunca ter tido de andar descalça pela rua. Depois pensei no meu filho. Agradeci poder dar-lhe tudo e pedi para que nunca lhe faltasse nada: nem família, nem amigos, nem comida, nem uma casa, nem um “mapa” ou uma “lanterna” que lhe indiquem o caminho, nem uns sapatos para andar na rua.
Depois pensei que este homem, o homem que caminhava descalço, também é filho de alguém. Também tem uma mãe, também tem um pai. Não sei porque não lhe puderam dar uns sapatos. Se calhar ele não quis, se calhar eles não quiseram, não puderam, ou se calhar já não podem ou querem fazê-lo mas não sabem como.
E foi aqui que o meu pensamento se deteve. Nos pais. Não em todos, confesso, mas sim naqueles que querem e não podem ou deixaram de poder dar aos filhos o que até agora nunca lhes havia faltado.
É por estes pais, que sempre trabalharam, que sempre quiseram ensinar o melhor do ser humano aos filhos e que agora estão perdidos porque o “mapa” que tinham já não serve e a “lanterna” que os iluminava ficou sem pilhas, que hoje peço:
Que tenham a oportunidade de se reerguer, de fazer perceber aos filhos que a vida se vive bem de muitas maneiras, e que o carinho e os sorrisos que os pequenos lhes dão em troca consigam apaziguar a sua dor, carregar as pilhas da sua “lanterna” e substituir o mapa por um “gps” movido pelas batidas do coração.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Ursos nos dentes
ao final da tarde, no carro...
Rambinho: Mãe tenho de ir lavar os dentesss
Big Mama: Acho muito bem filho, mas porquê?
Rambinho: Tão xujos com os uxus (ursos)
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Mickey Mouse is in the House
E foi assim este carnaval! De Mickey Mouse, com direito a "lupas" (luvas) e tudo!!!!
Estavas tão fofinho que até te perdoo a birra que fizeste quando te quis desenhar uns bigodes ;)
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Os melhores presentes do mundo ;)
Esta semana eu e o Rambinho estivemos atarefados com este presente para o Big Daddy. Claro que eu queria fazer surpresa mas esse é um conceito que ainda não está enraizado no piqueno, por isso, antes do grande dia, o pai ouviu pelo menos 20 vezes aquilo que era suposto ficar em segredo .... inclusivamente que "é um pejente mas é xupresa!"... um alerta sempre pertinente ;)
O dia chegou e o "melhor presente do mundo" chegou às mãos do Big Daddy com muito entusiasmo.
Mas o melhor estava para vir... uma jantarada com os amigos do pai e da mãe, num restaurante a sério, onde o Rambinho reinaria, visto que era o único convidado com menos de um metro de altura.
A chegada (tardia) dos pais, fez com que a recepção ao aniversariante já contasse com um número considerável de amigos.
Sem qualquer vergonha, o baby põem-se no meio de uma roda de cerca de 20 pessoas e anuncia em voz alta e de dedo espetado:
"Olha hoje o MEU pai faz anos"
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Hoje, o dia é triste!
Hoje, queria estar com quem não posso
Queria abraçar quem não alcanço
Queria estar perto de quem estou longe
Queria ser visível para quem não me vê
Hoje, gostava de juntar o meu coração ao teu
De consolar as tuas lágrimas
De dar colo à tua dor
De te falar só com um olhar
Hoje, o dia é triste
Alguém partiu para longe
As conversas perderam uma voz
O silêncio acordou a saudade
Sinto tanto a tua perda minha amiga, minha irmã do coração. Adoro-te Muito!
um beijo do tamanho do mundo
Queria abraçar quem não alcanço
Queria estar perto de quem estou longe
Queria ser visível para quem não me vê
Hoje, gostava de juntar o meu coração ao teu
De consolar as tuas lágrimas
De dar colo à tua dor
De te falar só com um olhar
Hoje, a distância parece infinita
As palavras tornaram-se curtas
O tempo ficou mais lento
A vida está mais vazia
Hoje, o dia é triste
Alguém partiu para longe
As conversas perderam uma voz
O silêncio acordou a saudade
Sinto tanto a tua perda minha amiga, minha irmã do coração. Adoro-te Muito!
um beijo do tamanho do mundo
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Bora lá miúdas! para continuarmos lindas e maravilhosas ;)
E não conta dizer que já se levanta peso todos os dias ao pegar nos miúdos ao colo ou que se fazem maratonas a correr atrás deles ;)
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