Na sexta-feira, a "funguice" do Big Daddy obrigou-o a fechar mais cedo o estaminé.
"Vou só descansar um bocadinho e fico logo bom" dizia com o seu optimismo habitual.
No dia seguinte, a resistência aos conselhos da "mãe", que sabiamente recomendavam mais descanso e actividades dentro de portas, deram mal resultado e os calafrios revelaram o que o termómetro traduziu em números: 39.6º de febre.
Foi preciso montar a enfermaria e pôr o paciente de quarentena, não fosse o bicho atacar o mais novo membro da família e transformar a casa num hospital de campanha.
Na sala de espera, o piqueno aguardava uma explicação: "o pai está doente filho, não pode brincar", disse.
"Nãaaoo mãeeee. O pai nãaao está doenteee mãae!", respondeu muito indignado.
"Que querido, preocupado com o pai", pensei eu a achar que estava chateado por os planos do Clube do Bolinha estarem arruinados.
Mas, mudando o tom de voz para uma choraminguice acompanhada de beicinho, esclareceu: "É o Vasco que está doente mãe. É o Vasco! O Vasco tem febe mãe!"
Era oficial: tinha dois enfermos em casa! Um com uma grande gripalhada e outro com uma dose de "mimoquice aguda" que o colocava em pé de igualdade na triagem.
Sem poder descurar de nenhum dos pacientes, qual Florence Nightingale, lá me fui dividindo entre a distribuição de paracetamol, de seis em seis horas, e de xaropes de mimo, à discrição.
À noite, o sono tardava em aparecer e o Rambinho solicitou várias vezes o serviço de enfermagem. Numa derradeira tentativa para combater ao João Pestana, o pequeno voltou a pedir o antídoto:
"Mãe, o Vasco pexija de remédio mãe!"
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